quinta-feira, 31 de março de 2011

A DROGA DO ÁLCOOL!

   
 Na noite de terça-feira, dia 29 de março, enquanto milhares de brasileiros fritavam os neurônios assistindo a final do Big Brother Brasil 11, a Rede Bandeirantes de Televisão passava no Programa A Liga uma reportagem exclusiva sobre os Jovens e o Álcool. Confesso, que se não fosse a grandeza de importância que essa reportagem representa, eu estaria inclusa nos milhares de brasileiros citados por mim acima.
   Rafinha Bastos, Débora Villalba, Thaíde e Sophia Reis, os apresentadores do programa, acompanharam diversas “turmas” de jovens às baladas, e constataram uma realidade triste e assustadora. Muitos adolescentes e Jovens confessaram que gostam de beber até passar mal, e que sem consumir álcool é impossível curtir uma noite de balada. Esses adolescentes tem livre acesso ao comércio de bebidas alcoólicas e não costumam esconder que seguidamente estão envolvidos em brigas ou em acidentes de trânsito em função dos efeitos da bebida em seu organismo. 
    O que mais me chamou atenção no programa foi o momento em que um grupo de jovens é entrevistado e colocado em evidência por fazer parte de uma seleta galera que se diz indiferente ao uso do álcool para se divertir. Esses meninos relatam que durante muito tempo tiveram que inventar desculpas para os amigos sobre o porquê não bebiam e que evitavam as outras “turmas” que se embebedavam nas baladas para se sentirem realizados. Eles comentaram sobre o preconceito e sobre a dificuldade que tinham de se manter firme em seus valores, mas não se sentiam arrependidos de manter essa postura.
    É incrível como a sociedade encara levianamente o problema da “dependência alcoólica”. As campanhas publicitárias em torno da Dependência química, principalmente em torno do problema Crack, são efetivas e sérias, o que é de grande importância e merece muito o nosso respeito, a questão não é essa. O problema é a contradição entre as partes que constroem essas campanhas de conscientização e a as que promovem o uso de bebidas alcoólicas. A verdade, em minha opinião, e é o que de fato importa, é que existem hoje, milhares de pessoas, adolescentes, jovens, idosos, sem distinção de raça, credo e classe social, que estão totalmente aprisionados ao álcool, que não dominam mais o ato de consumir, e que estão duvidando da sua própria afirmação: “Quando eu bem entender, eu paro de beber!”.
    Admitir a dependência alcoólica é muito mais raro que admitir a dependência química. Os efeitos maléficos do álcool demoram muito mais a aparecer, bem como os problemas sociais. Profissionais extremamente bem sucedidos perdem tudo em função da bebida e desgraçam a sua vida e a vida de sua família. A minha família teria sido destruída senão fosse o tratamento e o auxílio de Deus. Permito-me citar o exemplo que mais admiro, de uma pessoa que tenho profundo carinho e respeito, que quando se viu prestes a perder a guarda da sua filha, a pessoa que mais amava, abandonou totalmente a bebida, e de maneira milagrosa nunca mais consumiu nenhum tipo de bebida alcoólica. E ela ainda dúvida ás vezes que milagres existem. Conscientemente ela afirma até hoje, mais de dez anos depois, que ainda é uma alcoólatra, mas difere-se dos outros pelo fato de não beber.  Por outro lado, ainda tenho pessoas muito queridas que sofrem com esse problema, mas quem não tem!  
    Escrevo tudo isso pra tentar de alguma forma promover um diálogo aberto, sobre esse assunto que é tão sério. Minha família não tem vergonha de assumir que foi liberta da escravidão da dependência química e alcoólica, preferimos assim, a viver “tapando o sol com a peneira”, ou mascarando uma situação que todos sabem que é mentirosa. Vamos refletir sobre isso, vamos conversar com nossos amigos e com nossa família sobre esse assunto.
    Existe tratamento para a dependência alcoólica! Só é necessário admitir, desejar e lutar!

    Deus abençoe a todos.

Um comentário:

  1. Nossa, filha! Muito bom teu comentário a respeito do alcool... É mais facil se libertar das outras drogas q não estão nas esquinas... Se as pessoas soubessem até onde pode ir um alcoolatra e como é dificil parar, encarar a vida sóbrio, recuperar auto-estima, em fim recuperar a VIDA, dariam mais valor ao assunto.
    Só quem ja passou pelo inferno, sabe como é...
    Adorei amada!
    Bjão, amo vcs!!

    ResponderExcluir